terça-feira, 25 de maio de 2010

OS DESMORONAMENTOS E MORTES NO RIO DE JANEIRO

Infelizmente o Brasil é um país do imediatismo, do agora, pois nunca existiu e não existe uma prática politica que implique em planejamento, sobretudo quanto ao aspecto preventivo e de médio e longo prazo, nem mesmo para situações que a gravidade e urgencia de medidas saltam aos olhos.Assim, catástrofes e mais catástrofes ocorrem a todo ano, mais de uma vez e as coisas, passado o impacto e a comoção inicial, com choros e rios de lágrimas dos políticos em público( sobretudo quando se está sendo focalizado pelas estações de televisão), tudo volta ser como era antes, aquelas figurinhas carimbadas se recolhem aos seus gabinetes e ficam à espera de uma nova tragédia, para que possam, de novo, ser o foco das atenções, para isso interessando e muito, que as coisas fiquem como estão, pois se essas forem arrumadas, qual a possibilidade dos lamúrios e choramingos que ocasionalmente lhes são proporcionados, nessas ocasiões?.As fortes chuvas que cairam sobre a cidade de São Paulo no mes passado, se por um lado causaram muitos prejuízos financeiros, por outro, felizmente, o número de vítimas foi bem menor do que o agora visto no Rio de Janeiro, sendo que nesse último caso, não é de hoje que a precária situação de moradia dos que agora pereceram nos deslizamentos e desabamentos, era uma tragédia mais do que anunciada.A ocorrencia desse infausto acontecimento como tantos outros , as casas foram construidas precariamente sobre encostas e antigos lixões, sendo aréas mais do que de risco e sujeitas a esse perigo que agora se concretizou de forma tão cruel e vitimando tantas centenas de pessoas, muitas delas sendo de familias inteiras, das quais o poder publico não se incumbiu de zelar da forma como deveria, pois ao se omitir de exercer o seu papel de, ao mesmo tempo fiscalizar e impedir tal tipo de ocupação do solo, ele também deveria ter propiciado moradias àquelas pessoas que lá só estavam por não ter um outro local com mais segurança para edificarem os seus barracos, e só por isso é que se sujeitavam a viver em condições tão impróprias.O mais incrivel disso é que, se antes não se arrumava dinheiro para promover a remoção e realocação dessas pessoas em outros imóveis mais seguros, ante a dimensão da tragédia aparecem verbas de todas as esferas da unididade federativa, com ministros pululando por lá, sempre atrás dos holofotes da mídia, prometendo isso e aquilo, porém medidas sempre paliativas e emergenciais e que, passado o impacto e a comoção nacional, tudo volta a ser como antes, até que, de novo, outras tragédias se abatam sobre pessoas em situações idênticas e tudo recomeça.

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